Não adianta falar nada, minha vida será sempre uma sucessão
de momentos improváveis, felicidades e tragédias. Bom, para início de conversa,
digo que abandonei aquela parte da vida que você faz planos e que acha que tudo
dará certo. Eu nem vou ler postagens antigas, pois é provável que eu não
escrevi tudo que eu queria e, realmente, deveria ter escrito. Vou começar de
onde me lembro de ser importante começar, cerca de um ano atrás, dezembro de
2015. Nesta época eu estava junto com a karinny, não sei se posso dizer que namorávamos,
éramos noivos ou qualquer outra definição, só me lembro que estávamos bem. Sim,
muito bem, e acho que não era somente dentro da minha medida. Lembro que deixei
de fazer planos de réveillon com minha família para passar com ela, estava
realmente tentando levar aquela vida de casal que tinha lhe prometido tantas
vezes, e tão poucas cumpri. Lembro de nós dois saindo pela cidade procurando
algo aberto para comprar comida (um subway aberto) bem na noite de ano novo,
depois de um churrasco improvisado que eu fiz, era muito improvisado, mas era
ótimo aquela companhia. O ano de 2016 começou, e várias sucessões de problemas
vieram com ele. Nem está em ordem cronológica, mas ocorreu mais um rompimento
com a karinny e tentativas de volta, eu sofri um golpe da use, depressão financeira,
e um primeiro semestre arrastado até a viagem para os eua. Sim, eu nem poderia
viajar, mas fui, pois ficar longe ajudou muito a entender quem sou. E eu
preciso falar isso, em 2016 eu entendi quem é o Alisson, e entendi melhor quem
são as outras pessoas. Qualquer dia eu conto sobre a viagem, mas o que importa
é que, lá, distante, estava tentando limpar minha mente, mas, e sempre tem um ‘mas’,
sofri dois sacks diretos. Primeiro uma surpreendente mensagem da #i , direta,
querendo algo que eu daria um braço a um tempo atrás para que ela viesse. Mas eu
disse não, não era pra ser, foi um ano no passado meio feito de bobo, então não
era pra ser, apesar de achar que é uma pessoal legal. Porém o tsunami estava
pra vir. Próximo do meu retorno, recebi uma msg improvável da kk, estávamos
rompidos a um tempo, inclusive por causa da viagem, então, como eu conheço ela,
jamais esperava qualquer sinal de retorno dela. Ali é um dos gênios mais fortes
(se não for o mais) que eu conheço. Eu não tenho mais a conversa salva, mas até
quando ela dava o braço a torcer, fazia com que fosse eu que daria. A pergunta
era mais ou menos assim: “Se vc tivesse mais uma chance de falar comigo por
mais um minuto, o que vc falaria?” Sim, foi uma conversa que mudou os meus
dias, e não falamos só um minuto. Posso dizer com toda certeza, mesmo de longe,
eu via aquele olhar de quando começamos a namorar. Isso era fantástico. É indescritível
aqui o que eu estou dizendo. Mas é aquele nervoso antes de se ver, os arrepios
quando um chega perto do outro, aquele toque que velhos conhecidos sentiam!
Poucas vezes fui tão feliz na minha vida. E como sempre, não deu certo. E não
deu certo preparando o casamento. Poxa, isso foi tão triste que eu não estou
pronto para falar sobre, mas eu realmente fiquei mal, sabia que ali era o fim
da última chance de pararmos de fazer besteira um com o outro. Até hoje eu digo
para quem me perguntar, ela é o amor da minha vida, e outra pessoa terá que ser
muito foda pra mudar isso. Eu não consigo escrever, mas as lembranças estão bem
vivas aqui comigo. Homens são idiotas. Visto que era o fim, que não havia
qualquer volta, e olha que eu tentei, me joguei de cabeça a magoar os outros. Que
se dane, o individualismo tomou conta de mim e era muito mais fácil não se
apegar a ninguém. As comparações eram injustas com as outras, ela tinha elevado
os níveis das minhas exigências. Mas como aprendido à duras penas, não há mal
que não tenha fim. Minha vida começou novamente. Mas isso não será contado aqui
junto.
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