sábado, 2 de novembro de 2013

Inspirações

A expectativa de que haja uma fórmula para a vida é a fonte de tantas das nossas decepções. Que tal, de peito aberto, aberto pro mundo, encarar o mundo como ele é, no seu ineditismo, na sua virgindade, na sua irrepetibilidade, e saber, que sem fórmula nenhuma, estamos aí, diante de um mundo extraordinariamente competente para te entristecer, mas aqui e ali, também capaz, de te proporcionar grandes alegrias, grandes surpresas, momentos que você nunca mais gostaria que acabasse. São esses momentos que a gente persegue, e que farão da vida, sempre alguma coisa digníssima de ser buscada, e fantástica de ser vivida.

Clóvis de Barros Filho, professor da USP.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

(Impossível)

Existem perguntas que não têm razão de existência. Por exemplo, qual o momento da vida você escolheria viver novamente?

Ora, numa explicação rápida e certa, e caso queira uma explicação mais precisa leia Espinosa, os momentos da vida são únicos. E cada vez que há uma interação nossa com o mundo (o que ocorre o tempo todo) nós modificamos o mundo e o mundo nos modifica. Assim cada instante de interação transforma o ser e o ser transforma o homem. "Nada do que foi será denovo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará..." filosofia espinosiana pura.

Pois bem, então pq imaginar que aquela pergunta inicial é sem sentido? Pois não somos mais os mesmos. Se você voltasse a um tempo antigo, provavelmente faria coisas diferentes, pois já sabe o resultado e provavelmente não teria o mesmo resultado. Talvez fosse até pior.

Assim, só resta uma alternativa a nós, viver o agora. Foi ótimo tudo que passou, mas só é possível viver o presente, viver o passado ou de passado não é frutífero e esperar tudo para o futuro é adiar o viver.

Então, ao invés de perguntar qual momento viveria novamente, pergunte-se o que todas essas vivências lhe trouxeram? Eu tenho ótimas lembranças, mas não tenho um presente. Frustrante.

Instantes que queremos eternizar

Nestes últimos dias, falei sobre a felicidade, sobre como é bom este estado e o quanto o desejamos em nossas ações. Basicamente tudo que fazemos é visando a felicidade.

Se trabalhamos ou estudamos com afinco, é buscando a satisfação pessoal do trabalho bem feito ou da matéria bem aprendida. Ou, e um "ou" bem grande, visando ganhar dinheiro num futuro imediato e, com esse dinheiro, adquirir coisas que lhe trarão felicidade. Na maioria das vezes o dinheiro traz felicidade.

Não seria nem um pouco inteligente ignorar que existem muitas coisas que o dinheiro não compra. Um abraço apertado, um beijo, uma paixão avassaladora, um sorriso, a saudade, boas amizades.... Os bens materiais ajudam sim a ter tempo, condições, confortos físicos para desfrutar destas alegrias gratuitas.

Vou exemplificar com algo sobre mim. Em 2010 estive na Argentina assistindo a final da Copa Sulamericana de Futebol, Independiente e Goiás. Aquele dia vive em minha mente com uma saudade nostálgica. Aquele foi um dos dias que eu nunca gostaria que terminassem. Aquele é um belo exemplo de estado de conforto, de amenidades, de realização pessoal que por mim deveria durar para sempre. E seu eu não tivesse dinheiro para estar lá? Não teria acontecido. Não existiria aquele instante.

Porém, quero lembrar do ovo de páscoa novamente, imagine que eu realmente aquele dia tivesse durado até hoje. Provavelmente eu já teria me enfadado terrivelmente e sentiria tantas saudades que a única coisa que me traria conforto seria o retorno a minha cidade, as minhas coisas, ao meu ambiente que era familiar. Na verdade no dia seguinte ao do jogo eu ja estava com vontade de voltar, e foi uma grande aventura.

Mas a pretensão é explicar a felicidade. Felicidade é interagir com as coisas que lhe fazem bem, que lhe trazem conforto e que, de outra maneira não precisariam ser. Coisas que se satisfazem em si mesmas. Um beijo que seria tão prazeroso como só ele poderia ser. Que lhe desperta a vontade daquele instante nunca terminar.

Por isso, felicidade depende de cada um, de como cada coisa afeta cada ser. Então nunca critique ou outro por uma coisa que para você poderá ser besta ou sem importância ou causar desconforto. Para o outro poderá ser extremamente recompensador ou feliz!

Viva sempre em abundância!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Reflexões de um ser descobridor

Não tenho dúvidas que, ao escrever, também me descubro. Tenho prazer em escrever aqui, no instante que estou refletindo, estou descobrindo repostas. Respostas mais verdadeiras que aquelas vazias que, na verdade, não respondem nada.

Mas precisamos organizar estas idéias. Voltamos ao ovo de páscoa. Acredito que, depois de ouvir falar nele naquele post, passou a desejar um. Imagine, em outubro você ser o único a ter e comer tal guloseima. Você quer aquele doce, deseja fortemente. Seria feliz, num instante ao menos, se comesse aquele ovo de páscoa.

Você deseja aquilo que não tem. Ama aquele ovo de páscoa pois não o possui. Seria completa, teria um alívio na inconformidade existencial se tivesse aquele pedaço de chocolate embrulhado em papel laminado. Então desejo é, por definição, querer aquilo que nos falta.

Segundo Platão, amor é desejar aquilo que não se tem. Se não tem, mas deseja muito, ama. Amor platônico, fácil de entender. Mas amor platônico só explica parte de um querer, de um relacionamento, de uma convivência amorosa. Pois depois que se tem aquilo que se deseja, não existe mais lugar para o desejo. Se já tenho, não há sentido em desejar.

Certamente o amor platônico explica parte, a parte do desejo. Mas com o relacionamento estabelecido, toma lugar outra forma de amor, o amor socrático. Sim, todos conhecem o platônico, mas poucos sabem i que Sócrates diz sobre o amor. Para ele amor é alegrar-se. Você ama aquilo que lhe deixa feliz, aquilo que te faz bem.

Naquele momento que estiver comendo o ovo de páscoa você estará feliz, ele estará aliviando boa parte de um problema que é viver, existir. Para Sócrates, o amor é o que te torna feliz, mas ainda não tem uma explicação definitiva. Por este motivo ter só ovo de páscoa não vai o deixar feliz. Há a necessidade de outra ação ao menos incidente.

Segundo o que entendi, foi Jesus que ajudou a vencer este entendimento. Para Jesus amar é renunciar a própria felicidade em prol da felicidade de outro. Amar ao próximo como a ti mesmo. Então, neste entendimento, amar é mais que a própria existência do ser que ama, transcende ao outro e nos torna satisfeitos em ver o outro feliz.

Acho este último pensamento o mais difícil. Quantas vezes você fez algo para outrem sem querer nada em troca, realmente quantas vezes? Quantas vezes, num relacionamento, você fez a vontade do outro, não para cobrar isso dele mais a frente, fez apenas por fazer e querer fazer. Essas respostas são bem difíceis de aceitar.

Facilmente pode fechar o círculo, amar é desejar, ser feliz e ter a felicidade do outro como sua própria felicidade.

Desesperador! Se alguém ler aqui pensando em se alegrar, sinto muito, mas nada na vida é fácil.

Então, reflita, você desejou alguém? Ter esta pessoa te tornou feliz? E fazer a felicidade bastaria para ser feliz?

Faz falta alguém para conversar.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tem um nome esse sentimento

Vejamos o sentimento que nos permeia neste momento. Digo nós, pois este é um sentimento comum a nós dois, provavelmente ao todos os seres cientes.

Imagine a nossa vida, nossa vivência diária, tudo que se passa num dia de existência. Quantas pessoas, quantas interações, quantas respostas diárias, quantas decisões tomamos voluntariamente. Desde de a qual horário vamos acordar, qual roupa vestir, lavar ou não o cabelo, qual caminho tomar, etc. São pequenas decisões, que obviamente são renúncias a outras. Se vamos levantar cedo ou tarde depende obviamente da necessidade, vontade, oportunidade, ou seja, valores que você dá as coisas.

Assim, uma aluna que estuda no turno matutino na PUC, se para ela a aula tiver um valor elevado, ou a pontualidade, esta não vai levantar tarde, ele vai levantar cedo, mesmo contra outros sentimentos bons (o repouso, o aconchego do lar, a indolência natural)  para chegar a faculdade a tempo de acompanhar a aula a ser ministrada. Ela decide assim pois o valor dado a aula, ao aprendizado, é maior que aos outros disponíveis ou comparados naquele momento.

Este é um exemplo, durante todo momento realizamos estas escolhas, para todos os aspetos da vida. Acredito que você só não escolheu nascer. São infinitas escolhas e até mesmo o não escolher é uma escolha.

Mas agora eu lhe pergunto, e o que tantas escolhas trazem de sentimentos?

A resposta não é de simples entendimento.

Pensemos nas escolhas amorosas. Você provavelmente já escolheu em uma determinada situação continuar ou não um relacionamento. Deixando de lado os aspetos, motivos e condições que o levaram a este questionamento, pensemos somente naquele instante da decisão, continuar ou não um relacionamento.

Digo, com um certo tom pessimista, qualquer que seja a decisão, ela muito provavelmente vai lhe trazer junto a ANGÚSTIA. Na verdade a angústia antecede a decisão. Só de pensar em continuar ou não, vai ser torturante, causará desconforto, moléstia da própria existência humana, escolher é torturante. Muito provavelmente por não haver um roteiro escrito. Imagine que tenha escolhido o rompimento, e depois a realidade se torna muito pior, você não encontra ninguém tão bom quanto, ou não gosta da pessoa do novo relacionamento, ou vários outros motivos leva a causar a angústia. Não saber o que teria sido melhor, será que não seria melhor ter continuado aquele relacionamento? Esta é a ANGÚSTIA.

Angústia é sentimento derivado das escolhas. Não saber o que escolher ou não ter certeza de ter feito uma boa escolha (de acordo com os valores estabelecidos pelo indivíduo que escolheu) é angustiante!

Lembra do ovo de páscoa? Imagine que antes de começar a comer aquele ovo de páscoa, o primeiro, o mais prazeroso, tenham lhe perguntado, você quer comer ovo de páscoa todos os dias? Suponhamos que a resposta seja sim. Obviamente depois de uns dois meses comendo ovo de páscoa surgirá um sentimento de desconforto quando falarem em ovo de páscoa, será torturante a hora de come-lo, e o prazer a muito tempo já se foi. Campo fértil para a angústia. Angústia de não saber se teria sido diferente se tivesse escolhido não comer ovo de páscoa, se teria sido melhor, como seria a vida sem aquele ovo de páscoa.

Estamos a um passo do arrependimento. Sentimento que surge para tentar abrandar a angústia, e muitas vezes consegue. As ações decorrentes daí é assunto para outra conversa.

Importante hoje é perceber qual é o sentimento que surge quando fazemos uma escolha. Se a escolha foi certa ou errada eu não posso responder, mas há boas pistas para cada um buscar essa resposta. Tem pensado muito nas outras alternativas? Tem sentido esta angústia? Um desconforto permanente? Está mais feliz ou num estado de felicidade melhor? As outras alternativas parecem um pouco melhores?

Cada um tem sua resposta.

Estou gostando de escrever sobre estes aspectos humanos. Certamente vou escrever mais. Lembrando, o texto é meu, as idéias universais.

Uma vida sem entender

Bem, tenho que me inserir neste contexto de não compreensão plena da vivência humana.

Meus 30 anos ainda não foram suficientes para encontrar todas as respostas. Mas certamente já me colocaram no rumo de muitas delas, e isso me traz uma sensação de completude e percepção de situações que, de outro modo não entenderia.

Veja, primeiramente, a própria existência. Nós, seres humanos não vivemos só a nossa própria natureza, somos seres essencialmente transcendentes. Somos além da nossa simples existência. Existir não basta. Um pássaro, uma pedra, uma árvore, para eles, existir basta. Já nascem com tudo que precisam saber para a vida toda. O pássaro já nasce sabendo como viver, fazer um ninho, voar, bicar, tomar banho... então, da mesma forma, a árvore na sua existência de árvore e a pedra com sua natureza de pedra.

Mas nós, seres humanos não, nós não temos uma receita de existência pronta. O dia que nascemos é só o princípio de uma vida transcende a nossa natureza. Isso decorre, creio eu, primeiro da nossa consciência de nós mesmos. Somos introspectivos, refletivos, pensantes, contemplativos e outros tantos de características que nos denominam inteligentes.

Comer, beber, dormir, morar, reproduzir e existir não é suficiente. Imagine a sociedade mais primitiva próxima a nós, os índios. Antes da aculturação, no estado primitivo de existência, eles não tinham muitas preocupações, caçavam, pescavam, coletavam, sem muitas das preocupações modernas. Para eles, uma situação quase animalesca, não num sentido pejorativo, mas mais próximo a uma colmeia que a nossa sociedade atual.

Porém, até mesmo neste caso, dos índios, havia necessidade de superar aquela situação, haviam os caciques, os pagés, melhores guerreiros, etc. Era necessidade básica querer ser melhor que o seu semelhante, eles se compararam e tinham noção do que era bom ou ruim, começando a atribuir valores a determinadas características numa consciência comum, lógico que respeitando certas variabilidades individuais que vamos construindo junto com a consciência.

Mas não é isso que interessa, acredito que já entendeu a nossa inquietude inerente a nossa natureza humana. Então, complementando aquele pensamento de ontem, por qual motivo não nos contentamos só com ovo de páscoa? Por ser essa nossa natureza. Temos naturalmente uma inquietude derivada da nossa perceção e comparação inteligente.

Assim, tratando de relações interpessoais, necessariamente vão ser buscadas melhoras. Um relacionamento duradouro (e sadio, pois existem aqueles fincados no comodismo, interesses econômicos, por coação, etc.) invariavelmente terá mudanças.

Mais uma vez digo, o texto é meu, as idéias nem tanto, são conceitos antigos.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que lhe faz bem?

Sinceramente, estou escrevendo para você.

Já perguntou o que lhe proporciona um estado de felicidade? Felicidade, aquele estado de satisfação, completude, bem estar, prazer... Então, pense aí, o que lhe traria felicidade agora?

Vamos supor que tenha respondido que lhe traria satisfação agora um ovo de páscoa. Falando nisso, quero dizer que EU tenho um ovo de páscoa. Então, se tivesse agora um ovo de páscoa teria um estado de felicidade. Significa que ovo de páscoa lhe traz felicidade.

Então você come este primeiro ovo de páscoa e sente aquela felicidade, aquela sensação boa... E logo vai querer outro, muito bom também, não tão bom quanto o primeiro, mas muito bom também. E assim vai sucedendo. Imagine que você coma um ovo de páscoa todo dia, do seu sabor preferido, todos os dias o mesmo ovo de páscoa... Depois de um ano, você não vai gostar mais daquele ovo de páscoa do mesmo jeito... Provavelmente depois de uns três anos você vai odiar aquele ovo de páscoa e felicidade será NÃO comer ovo de páscoa.

Então comer ovo de páscoa lhe traz felicidade, mas felicidade momentânea. Depois você vai querer comida japonesa, em seguida um bolo, depois um brigadeiro, em seguida um suco, no outro dia um sanduíche, depois uma carne assada e em outra semana você volta a comer um ovo de páscoa...

Fácil de entender, é a diversidade de coisas boas momentâneas que, somadas, nós enche de pequenos estados de felicidade.

Mas vamos transplantar esta comparação para pessoas.

Quem lhe traria felicidade agora?

Não sei qual a resposta, mas suponha que seja uma pessoa, mas não qualquer pessoa, uma de determinada época. Tipo o fulano que eu conheci em 2007.

Já entendeu onde eu quero chegar. Se fosse este fulano o mesmo de 2007, provavelmente você já não o aguentaria mais em 2009... Daí decorre a importância da mudança. Da necessidade de mudanças diárias. Nem todas serão boas, haverá dias em que você terá que comer jiló ou quiabo, apesar de ovo de páscoa ser melhor porém, no cômputo geral, comer muitas outras coisas é bem melhor que ovo de páscoa.

Ter ao lado pessoas que sempre mudam é bem melhor que ter uma pessoa perfeita, mas que sempre será a mesma.

Num primeiro momento é complicado imaginar que isso esteja certo, mas basta pensar um pouco e ver que, aquilo que lhe conquista te desafia, transforma com o tempo, é mutável, é gracioso, se renova diariamente, lhe torna feliz!

Essa idéia não é minha. É um conceito filosófico antigo. Felizmente a filosofia tem me ajudado a entender o mundo que me cerca.

Então não queixe das mudanças, elas são mais que necessárias, até mesmo em um relacionamento, são elas que vão proporcionar felicidade.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Meus receios

É muito bom não ter medo. Seria tão bom se não os tivéssemos. Por vezes os temos por pouco coisa, outras ocasiões, não tememos nada.

Eu tenho alguns receios, já tive mais, mas com o tempo vamos amadurecendo e perdendo ou substituindo por outros sentimentos...

Não, não interessa o medo, interessa do que eu não tenho mais medo! EU NÃO TENHO MEDO DOS MEUS SENTIMENTOS! Eu perdi o medo de dizer que eu amo, sem medo da resposta, medo de gostar, medo de perder... medos que eu perdi.

Como é bom dizer o que você sente sem receio!

Um bjo!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Karma

Sabe aquele dia leve, apesar de todo o trabalho, e você imagina que tudo começa a entrar nos lugares, as coisas se acalmarem... aí em 5 segundos tudo desmorona novamente... pois é, esse foi meu dia.

Karma

Sabe aquele dia leve, apesar de todo o trabalho, e você imagina que tudo começa a entrar nos lugares, as coisas se acalmarem... aí em 5 segundos tudo desmorona novamente... pois é, esse foi meu dia.

domingo, 8 de setembro de 2013

Coisas e pessoas

Com frequência eu prefiro coisas a pessoas. Apesar de parecer desumano e sem sentido esta afirmação, tenho certeza que após ler meus argumentos, poderá ao menos entender os meus motivos de algumas vezes preferir coisas a pessoas.

Como toda história triste (sim, é triste trocar pessoas por coisas) acho que esta situação começou em minha infância. Filho único, lidava a maior parte do tempo com adultos. Frios e distantes, estes adultos aos olhos de uma criança inocente, assemelhavam a robôs, objetos mesmos, e o que me faziam companhia eram coisas. Eram meus poucos brinquedos, que eu cuidava com muito zelo, meu travesseiro e coberta com quem conversava ou o lençol com um cachorrinho chamado Banzé que eu brincava antes de dormir.

Estas coisas eram substitutos das pessoas, e desde aquela época até hoje eu aprendi a cuidar muito bem das coisas. Além do sentimento de apego, nunca tinha dinheiro sobrando para comprar outras.... o carrinho que eu mais gostei deveria ter custado uns 5 reais....

Então, me desenvolvi neste universo, cercado por algumas coisas, mas carente de pessoas.

Ao chegar na adolescência e início da fase adulta a aceitação pelas pessoas passa a pesar massivamente, se na infância estar em casa assistindo desenho já era suficiente, agora a necessidade de interação pesava conscientemente. Assim, além de ter algumas coisas, era necessário conquistar pessoas. Amigos, grupos, amores, influências, era necessário adquirir pessoas e estas, as mais importantes, não tinham preço.

Chegamos no hoje, plena fase adulta, acredito que nos meus melhores anos, carreira, inteligência, disposição, amigos, família, oportunidades... não o mais perfeito, mas bem acima da média.

Só que para alguns objetivos não servem de nada. Explico e exemplifico.

Nestes últimos tempos eu estabeleci várias metas. Destas destaco duas, uma coisa e uma pessoa. A coisa era um objeto que atenderia minhas necessidades, não era o melhor, o mais novo ou o mais caro, mas aos meus olhos era perfeito. Assim, bastava trabalhar objetivamente, conquistar certa quantia em dinheiro e adquirir aquele objeto. Simples e felizmente eu consegui. Pode ter custado caro, mas tinha um preço, bastava pagar e ele seria meu. Ela não ligaria seu eu não fosse do jeito assim ou daquele outro, de qualquer modo eu o conquistava.

Com pessoas não funcionam assim. Para conquistar pessoas (pessoas que valem a pena) não basta ter, ser ou fazer, se elas não quiserem, nada feito. Você pode se esforçar, ser o melhor homem que pode, trabalhar incansavelmente, ter várias coisas, ganhar todo dinheiro possível e mesmo assim as pessoas vão te dizer não. Não vai ter, conquistar, manter, ficar, simplesmente pq aquela pessoa não quer, e não quer por qualquer motivo, ou até sem motivo nenhum.

Coisas têm preço, pessoas não.

Assim, com tantas desilusões, a gnt vai preferindo ter coisas, não pessoas. Machuca menos.

Desculpem o péssimo texto, eu não consegui escrever da forma que está na minha cabeça.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Travesseiro

Se existem postagens frequentes, provavelmente algo é permanente. Nesse caso eu diria ser a dor. Não uma dor de amor, pois este não dói. E a dor de ver as ilusões que construiu se desmanchando, isso dói...

Se o dia já não é dos melhores, a noite tende a ser bem mais cruel. Quase todos seus pensamentos estão ali no travesseiro te esperando. Ali onde estão os melhores sonhos é residência dos piores pesadelos também. E frágil, não há nada que se possa fazer a não ser sucumbir a estes.

O que eu sinto, provavelmente ninguém vai entender, mesmo que tente e que queiram. Engraçado é gostar de alguém, você é egoísta ao ponto de querer o outro só pra você é generoso ao ponto de dar o mundo inteiro a pessoa amada.

Se nada faz sentido, por que sentir tanto? Era só desligar, despreocupar, era para ser mais fácil.

E antes de terminar... não... melhor não dizer mais nada...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Escrevo com o coração

Pouco me importa o que vão pensar, eu pretendo escrever com meu coração. Bem, só pensamos nele quando ele esta muito mal. Eu só lembro que tenho um quanto ele não está bem. Antes de continuar, um aviso: se vc lê meu blog e ver coisas tristes, não venha falar comigo sobre isso, eu provavelmente não quero falar.

Assim, do nada, você encontra uma estrada, um rumo, um sentido, de repente o nada parece ser tudo. Você sonha, você imagina, planeja, tenta ser o melhor homem possível para aquela mulher... é, e tudo parece em vão, tudo jogado fora, era como se nada tivesse feito, nada mudou... você chora... não é vergonha... vergonha seria se eu nunca gostasse de ninguém... eu estou sentindo... sentindo muito...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ironia

"Ironia é gostar da pessoa errada e querer que tudo dê certo." Tipo, isso é um tapa na cara de muita gente. Serve para tantas pessoas que acredito nem ter sido uma boa ideia colocar no facebook. Mas já foi, bola pra frente.
Eu gosto de sentimentos, gosto de pessoas, gosto de coisas e, mais que tudo, gosto de mim. Muitas vezes estas pessoas, sentimentos, coisas não se dão bem comigo. São mais frequentes que eu gostaria de admitir. Aí surgem os problemas.

Vamos supor que você gosta de uma outra pessoa. Ela tem muitos aspectos positivos, características que lhe fazem aproximar, querer iniciar um convívio, iniciar uma relação. Você quer isso pois a companhia desta lhe trás um estado de paz de espírito, de completude, de satisfação. São muito raros estes estados durante a vivência humana. Assim, encontrar alguém que lhe aproxime destes o fará certamente despertar para aqueles sentimentos que dominam a alma: amor, paixão...

Deste modo, neste hipotético exemplo, você está num estado de paixão. Uma vivência única. Tórrido, este sentimento vai te tirar a razão, a visão de mundo, a tranquilidade mental (irônico né) e se antes, você que se julgava senhor da razão, passará a agir por puro impulso, não terá discernimento mínimo para ver que nem tudo conspira a seu favor, que talvez aquela seja a pessoa errada, que talvez você seja a pessoa errada. Bem, é uma mistura de sentimento, uma avalanche que lhe sufoca e te faz trocar todo um mundo por uma única pessoa. Se você já se apaixonou alguma vez entende o que eu estou falando. Se nunca se apaixonou, não vai entender, palavras não são suficientes. Se você está apaixonado, você não entende de nada ;)

Pois então, este estado, paixão, quase sempre tem data de validade. Ainda bem pois a maioria morreria se vivesse assim. Acredito que a paixão não passe, ela é substituída, ou por amor, ou por mágoa, ou por ódio, ou por mais paixão (talvez aí seja algo que mereça tratamento) ou por nada (é pode acabar em nada).

Até este momento você ainda não sabe se aquela pessoa é a certa ou errada, ainda estando no estado da paixão não é possível praticar o discernimento, apesar de algumas pessoas já pretenderem te avisar da "burrice" que está fazendo. É, apesar da paixão dar super poderes ao seu coração, ele vai ficar frágil, pode ter certeza disso, sofrer ou não, é incerto.

Mas você não esta nem um pouco preocupado com isso, se ainda existe aquela paixão, tudo que passa na cabeça é encontrar aquela pessoa, estar perto dela, imaginar seus lábios unidos (que pensamento bom!), fazer planos que possivelmente não vão se realizar... ou seja imaginar uma vida que ainda não existe.

Apesar dos percalços, o estado da paixão é aquele que, apesar de todo o sofrimento inerente, você menos vai sofrer. O paradoxo está no seguinte, se for uma paixão correspondida, ela vai desaguar em sentimentos bons, amor romance, carinhos e blá blá blá... se não for correspondida, seu coração, que tinha super poderes e achava que poderia mudar completamente a realidade vai despedaçar... e ele vai, vai ser profundo e doloroso, mas será de uma vez, e aí pode surgir mágoa, ódio, esperança... nada... sei lá... (na verdade eu sei, mas doí pensar sobre).

Voltando ao que interessa, suponhamos que sua paixão seja correspondida! parafraseando aquelas propagandas, seus problemas NÃO acabaram! Na verdade só agora será possível claramente enxergar um relacionamento. É que naquele estado letárgico da paixão não importam as consequências... Agora já é possível ver que aquela pessoa não é tão linda como nos seus pensamentos, mas não tem problema, você gosta dela mesmo assim.

Começam a pipocar os comentários de conhecidos, amigos, familiares, desconhecidos, brotam pessoas de todos os lugares para falarem qualquer coisa sobre o relacionamento... sim, agora sim é um verdadeiro relacionamento e não, estes comentários não vão fazer a sua cabeça, o gostar é tão intenso que poucas coisas poderiam mudar.

Mas é necessário falar disso Alisson? Algum desavisado poderia estar se perguntando. Eu digo que é aqui que eu gostaria de chegar desde que comecei a escrever este post.

Meu intento e escrever sobre algo que, ao certo, não escreverei.

Seu relacionamento poderá sucumbir aqui. Quantas pessoas falam namorei 4 meses, namorei 3 meses, ficamos um tempo e não deu certo.... pois é este é o momento da transição da paixão para o amor! Que difícil isso viu?

(talvez em um futuro eu continue)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Público e privado

Pode ser contraditório, mas era verdade para mim. Eu escrevia neste blog, publicava para o mundo coisas que eu não tinha coragem de admitir nem para alguns amigos. Aí fico sabendo que este espaço está sendo visitado por visitas ilustres. Resolvi escrever para ela.

Primeiro que eu já queria escrever algo antes, bem profundo e poético, cheio de metáforas que poucos entenderiam, você entenderia. Este post ainda irei escrever, ainda não estou preparado para isso.

Bem, como são complicadas as relações humanas, pessoas não são iguais, gostos não são os mesmos, vontades diferentes... ainda tem um monte de gente que acha que deve interferir em qualquer relacionamento alheio, problemas familiares, financeiros, fantasmas do passado, coisas mal resolvidas... hum, é tanta dificuldade que assumir que ama tem se tornado desencorajador.

Um dia eu tomei uma decisão, ou eu lutava pelo meu relacionamento ou desistia dele. Lutei. Luto ainda?

É estranho pensar assim, mas para mim começou a fazer todo sentido a frase: "Enfrentaria o mundo com uma mão se você estivesse pegada na outra." E assim foi. E olha, que problemas não faltaram. Parece que fomos testados até o limite, aquele limite que dizíamos que nunca iria chegar ou aceitar. Era castigo. Tínhamos que engolir seco, aguentar o tranco e seguir em frente.

Mas um dia algo mudou. Talvez por cansaço, ou quem sabe a desesperança em um futuro que fosse melhor. Não era falta de brilho nos olhos ou de um coração. Tenho certeza que o tenho, ele tá aqui em pedacinhos.

Pois é, apesar de tantos pesares, tantos términos, tantas noites que brigavamos, no outro dia tudo estava tão bem. Era pq sabia que ela estava lá, me esperando, e ela sabia que eu estava aqui, por ela.

Mas mudou, e eu achei que fosse morrer. Depois eu preferia morrer que viver assim. Não, nada acontecia. Eu passava as noites em claro olhando para o teto e esperando ele cair na minha cabeça e me tirar desta agonia.

Vivi. Sobrevivi. Chorei a cada vez que alguém perguntou de vc. Não, eu não tinha nem forças para falar.

Mas com tudo que não mata, fortalece, eu estou aqui. Não que eu esteja bem, nem acho que ficarei. Mas ao menos eu já consigo segurar as lágrimas. Minha cabeça consegue pensar outras coisas. Consigo falar de outros assuntos. Preste atenção, não é de outras pessoas.

Bem, meus dedos doem, e se eu continuar vou escrever coisas que eu não quero. Eu ainda não sei o que será de mim. Acho que nem vc.

Um conselho, faça e passe em um concurso. Tem do inss em andamento. Faça todos que puder.

E eu? Bem, eu estou levantando todos os dias pela manhã e sendo o melhor homem que posso.

Fique com Deus!

[~]

sábado, 10 de agosto de 2013

Quanto tempo dura um mês?

A bem da verdade, não é exatamente um mês. Nem sei bem quanto tempo, mas sei exatamente o dia que começou. Começou no primeiro dia do mês do meu nascimento.

Cada dia após este dia teve uma duração. Alguns, leves como plumas ao vento, foram breves. Outros, tão bons que cheiravam a felicidades, foram eternizados. Existiram aqueles pesados, que se o mundo acabasse, não iria reclamar. Foram muitos dias...

É certo que se alguns dos meus amigos lessem este blog saberiam dos motivos que falo tudo isso. Ainda bem que não lêem.

Apesar de tantos revezes no trabalho, na família, no convívio social, só uma coisa importava nestes dias... Importava? Importa! É importante! Eu me importo!

Aqui que queria chegar, será que ainda me sinto assim? A paixão deixa o homem cego, bobo, ele perde sua dignidade, se arrasta, se humilha, passa a acreditar que tudo que for impossível dará certo, passa a ver tudo como motivo para falar, citar, pensar, planejar aquela idealizada... exatamente idealizada, afinal ela não tem defeitos pra vc, se alguém os diz, c os transforma em qualidades, diz que prefere assim...

E quando vc passa a perceber isso? Acabou? Vai acabar? O que está acontecendo?

Talvez a distância, a impossibilidade de encontrar, o medo, uma fase desta fase... mais uma desculpa para essa paixão...

Eu não sei o que sinto!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sem poesia!

Eu quero contar tanta coisa para tantas pessoas que meus dedos não conseguem escrever... por isso eu falo, falo muito, o tempo todo, se eu não falo, eu estou pensando em falar....

Mas não é sobre isso que vim aqui falar hoje. Quero dizer outras coisas... na verdade eu deveria estar trabalhando... não interessa.

Alguns dias atrás me referi aqui ao Anderson Silva, pois é... só que as coisas podem mudar... Algo que aprendi a duras penas foi acreditar em mim! Então, acreditei no que meu coração mandava fazer e talvez, um TALVEZ bem grande, possa ter feito a coisa certa!

Tudo deu certo, o dia, a hora, a oportunidade, a escolha... #i talvez, novamente um TALVEZ bem gigantesco, possa ter mudado alguma coisa em alguém! Como é bom querer bem! Se for assim (tomara que seja assim) uma história há de ser contada. Com final (não existe final!) feliz! Registre-se!

Ah, eu odeio férias! Odeio pq eu não tenho férias! Estou aguardando minha vez!!!!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

12 de Julho

São 22:40, de 12 de julho. Amanhã é meu aniversário. Serão 30 anos. E eu deveria estar pensando em muita coisa.

Deveria... mas não estou. Bem, estou, mas não como era se se esperar! Eu gosto de tanta coisa, faço a maioria das coisas que quero (neste momento planejo um curso de piloto de avião), aproveito cada momento que posso, vivo as peças quemeu coração me prega, respiro como se fosse a última vez e ainda faço planos.

Basicamente posso dizer que vivo mesmo a poucos anos... Até os 11 ou 12 eu era um tonto, nem lembro direito de nada. Daí até os 18, um adolescente pobre, feio e que morava longe. Depois dos 18, lá pelos 22, é que comecei a fazer a diferença, é o que posso chamar de vida!

É um pouco estranho pensar que já tenho essa idade. Não imagino nem sinto assim. Realmente penso nuns 25 ou 26. Até mesmo meus amigos não acreditam. Mesmo porquê eles tem mais ou menos essas idades e nós temos muitas afinidades.

Sabe o que é melhor, eu sei que ainda tenho a oportunidade de fazer tantas coisas, mudar o mundo, fazer pessoas felizes, ver tantos lugares, aproveitar muitas noites... é como se ainda tivesse 20.

Idade não é data de nascimento, é a que vc sente. Hoje estou bem certo disso.

Parabéns pra mim e muitos anos de vida!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Minha incompletude

Horrível sentir-se assim. Imaginar um conto, firmar um ponto, e por fim, nada restar a não ser lamentar, procurando explicar o inexplicável, acalentar a dor e sentir este vazio.

Ninguém me obrigou a me iludir, sonhar que seria fácil ou teria um final feliz (já seria o final?). Sem exceções, avisaram, questionaram, diziam para tomar cuidado. Seria assim: atire-se do penhasco, mas tome cuidado para não se machucar.

Realmente quem ouve? Eu queria me atirar, eu quero, descontroladamente, infinitamente... Mas como todos, tenho fé que não cairei ao chão. Qual o tamanho da minha fé?

Se tem algo que eu lembre de limites é que em divisões, quanto mais próximo de zero, mais próximo do infinito. Então, quando ouço que as minhas chances são praticamente zero, tenha certeza, se eu quero, vou acreditar infinitamente!!!

"E se é pra morrer, que eu morra de amores!"

domingo, 7 de julho de 2013

Ontem






Pois é campeão, ontem também não foi seu dia. Eu te entendo e sei o que é levar um direto no queixo e cair na frente de tantas pessoas... nós não esperamos por isso. A diferença é que EU não desisto tão facilmente. Abração!

sábado, 6 de julho de 2013

E as horas passam mais lentas que os dias

"Você está ali arrasado, olhando para o teto para ver se ele faz o favor de desabar."

Não, ainda que utilizassem todas as palavras de todos os idiomas, não seria suficiente para descrever o sentimento....

:(

E ainda que devesse lamentar...

...eu prefiro sorrir! Não que eu esteja feliz ou queria que fosse assim. Não, tudo deveria ser mais fácil, do jeito que queremos, quando precisamos.

Que desafio seria o Everest se fosse só mais uma colina como as milhares de outras. Colombo não seria ninguém se estivesse contente em navegar só em águas costeiras.

E eu decidi subir o mais alto dos montes, que eu não sei o tamanho ou os desafios do caminho. E eles são cruéis, já lhe avisam que nem adianta tentar, não é pra vc.

Sobre os ombros trago pesos, pessoas, sentimentos, nada que facilite. Tudo me puxa de volta.

Se vou conseguir? Respondo sinceramente que não sei. Se mesmo assim vou tentar? Tentarei a cada segundo da minha existência! E se não der certo? Já sou um homem recompensado só por saber da sua existência isa!

Mar tranquilo não faz bom marinheiro.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O que fazer!

Muitas vezes minha cabeça não para, minha mente ligada 100% num ritmo frenético (acho até que isso vai me matar qualquer dia desses). Assim, quando acontece qualquer coisa, qualquer mesmo, começo a pensar em muitas possibilidades, varias, inúmeras... é isso está me corroendo!

Eu não tenho certeza do bloqueio, só sei que cada dia é um dia de agonia. Eu quero, quero muito, mas parece que tudo que estava dando certo começa a dar errado.

Sabe quando tudo que era certo parece ser errado, e naquele instante, olhos nos olhos, eu me senti fraco. Indefeso.

Só espero ter forças e, fazendo meu melhor, frente ao pior, serei maior!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Inquietude

Sempre gostaria de escrever aqui todo o tempo, como se fosse uma forma de guardar tudo que sinto e vivo. Quase sempre não é possível.

Estes últimos dias tenho mantido meu coração inquieto, minha mente ocupada, pensado em tanta coisa que poderia ser e não é que tem sido torturante.

Sabe quando sem querer vc quer algo, alguém, e nem sabe dizer direito como começou, só sabe que não existe como voltar. Começa a ficar até chato(para meus amigos) pois só quero(preciso) falar nisso. Geralmente os outros todos problemas começam a parecer insignificantes, passo a superar tudo.

Eu sou meio bobo, e nestas horas, fico completamente bobo, meio sem jeito, quase sem palavras, desastrado... não que eu queira ser assim, é medo de machucar alguém que passa a lhe dar motivos para fazer seu melhor cada dia.

Impressionaria se amanhã Deus ouvisse razões amorosas. Basta abraçar lentamente, especialmente, sendo tua razão apaixonante!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

sábado, 22 de junho de 2013

Eu fui

Eu fui, eu estava lá, eu ainda estou indignado e quero mudanças!

Foi um dia lindo, onde nós, povo, mostramos que juntos temos a força!

domingo, 16 de junho de 2013

Normal

Hoje eu acordei com vontade de mudar o mundo! Pois é, mas pra mudar o mundo comecei a pensar em mim primeiro. Não se muda nada se não começar por uma mudança pessoal.

Não quero pensar no que eu quero melhorar, quero falar do que quero que permaneça, do que é agradável na vida.

Não pretendo mudar meus amigos, eles são os melhores que alguém poderia ter, são os melhores, eu os compreendo e eles, mais que qualquer pessoa, me entendem. Estão lá, pro que der e vier. Não acredite em pessoas que mudam de melhores amigos todos os meses, melhores amigos são como o amor, leva tempo pra construir.

Meus gostos são bons, ótimos na verdade. Gosto de coisas boas, bem feitas, burocráticas(!), barrocas, mas também tenho uma afeição pela simplicidade e utilidade das formas, tipo um iPod, basicamente gosto de extremos. Palácios da Rússia feudal ou design alemão. Aprecio os ritos e situações litúrgicas. Para vestir, ternos, camisas e sapatos italianos. Relógios suíços. Carros: design europeu, tecnologia japonesa. Um Nissan GTR.

Sentimentos. Pra que mudar? Eu gosto de gostar de pessoas! Curtir aquela paixão avassaladora por uma pessoa que vi por 5 minutos. Detestar outras sem motivo, apenas por não gostar. Uma explosão de tudo ao mesmo tempo! Eu prefiro assim. Amo toda minha família. Se eu aprecio alguém faço muitas coisas, se simpatizo pela causa também. Ajudo até que não conheço, desde que seja por uma causa nobre. Nobreza de caráter, isso me cativa.

Sou cativado pela beleza e inteligência. Quem não é? Mas como tem muitas coisas que eu detesto, fica complicado. Certos momentos tudo que eu não queria é tudo que eu mais quero, um tapa na minha cara.

Minhas ideias sobre política são boas, boas pra mim. Acredito na democracia, não existe ainda nada melhor. Religião? Acredite no que lhe faz bem! Preconceito, pra que? Se eu tivesse teria perdido tanta coisa. Prefiro não ter medo. Medo impede pessoas de fazer coisas grandiosas!

Gosto MUITO de viajar, de ler, aprender, lugares novos, comidas novas, culturas diferentes. Não gosto de coisas alienantes, generalizações, pessoas rasas.

Vai ser difícil mudar, será que é necessário?

Complicado né, pensei em algo pra mudar o mundo, mas escrevendo percebi que é mais difícil mudar algo em mim.

Acho que tenho que pensar mais nisso.

domingo, 26 de maio de 2013

Vencedores vencem!




Pode ser óbvio, mas muitas vezes esquecemos que vencedores vencem! É, vencedores de verdade vencem, não importa o quanto demore, não importa o quão difícil seja. Este domingo Tony Kanaan demonstrou mais uma vez isso. Uma vez aqui escrevi que vencedores bebem leite, agora preciso acrescentar que vencedores vencem.

Não, Tony não era o favorito, não estava na maior equipe, não tinha o melhor carro do campeonato... Segundo os relatos, quando experiemntou o carro pela útima vez antes da corrida ele sentiu que estava tudo perfeito, bastava fazer o melhor. E tudo deu certo, era seu dia, sua hora, a sorte estava com ele, os outros, por mais que tentassem não conseguiriam detê-lo, era seu dia.

Este dia demorou, foram 12 anos de tentativas, já esteve tão perto, já estivera em melhores condições, já teve o carro mais rápido, já esteve na melhor equipe, mas não ganhou... até hoje não havia ganho a principal prova do automobilismo mundial.

Nada disso o impediu de continuar tentando, e essa é uma das principais características dos vencedores, tentar, não com covardia ou medo, com mais vontade a cada vez que se põe diante do desafio, até o ter superado.

Isso vimos no Tony hoje, vontade que estava presente também naquele ano com a última vitória do Hélio Castroneves, a vontade de vencer é maior que a de qualquer outro. Infelizment foie o que faltou no Barrichello em seus muitos anos de espera pela vitória e poucos momentos de luta por ela.

Lição? Não. Vencedores são vencedores, mesmo que ainda não tenham vencido. Você os identifica pelo brilho no olhar, pelo som das suas palavras, pelo quanto seu coração bate forte.

sábado, 9 de março de 2013

O guarda-roupas, a parafusadeira e o Alisson


Sem muito o que fazer e doido pra comprar alguma coisa, encontrei este roupeiro por R$ 299 na americanas, como era algo que necessitava, resolvi comprar, com cupons, boleto 12%, uma bala de dentadura e frete fechou em R$ 261,90. Comprei. Depois de muitos e muitos dias de espera recebi. Dois pacotes grandes e bem pesados. Começei a arrepender, mas como foi barato, resolvi ficar e testar minhas habilidades montando eu mesmo, estaria sozinho em casa então poderia fazer bagunça. E faz bastante bagunça mesmo!

Na primeira tarde dedicada eu não consegui fazer quase nada. O primeiro motivo era não entender nada, nunca tinha montado nenhum móvel, estava totalmente perdido, nunca vi tanta peça, um quebra-cabeças. Segundo motivo, eu não tinha uma parafusadeira, e sem ela não adianta nem tentar, não consegui por nem o primeiro parafuso.:( Resolvi montar as gavetas. Estava me sentindo humilhado por aqueles pedaços de madeira.

Bem, no outro dia cedo fiz uma pesquisa rápida aqui e acabei comprando na loja Leroy Merlin a referida parafusadeira (muita variedade lá por sinal), deixei carregando e voltei a montar na parte da tarde. Que maravilha! com a parafusadeira tudo foi mais fácil (relativamente, montar um roupeiro é muito difícil, acredite!) e muito, mas muito mais rápido.

Assim, hoje toda a parte da manhã consegui montar o restante, toda a estrutura, que alívio. Não ficou aquela Brastemp, parafusei os trilhos das gavetas errados, mas bem, já está 99% pronto e para minha primeira vez, até que me saí bem :D

Conclusão: Não vale a pena, a madeira é frágil, muito fina, e montar, só se vc não tiver nada pra fazer e muito tempo (2 dias) e paciência. Este vai quebrar um galho até eu mudar e ter móveis planejados. Gostei do meu trabalho, é gratificante ver algo que vc mesmo montou!

That ́s all folks!!!