quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Evolução

Não existe sentido na estagnação, nascemos para evoluir... apesar que, descobrirmos isso apenas no século XIX... na verdade tomamos noção disso naquela época, já estavamos evoluindo deste o aparecimento na Terra e blá blá blá... essas coisas que já sabemos....

Mas é importante ter isso em mente, vez que, "Para falar ao mundo, fale da sua aldeia" [aceita como sendo de Liev Tolstói, mas este mesmo reconheceu ser de autoria de Aleksandr Púchkin] temos que ver de que forma nossa aldeia está evoluindo... isso me preocupa.

Sempre fui defensor da goianidade e de tudo que ela representa, e vinha se perpetuando, seja por nosso isolamento geográfico, seja por sermos fechados em nós mesmos. Não importa, o importante é que sempre nos reconhecemos como goianos, sempre por um simplicidade característica, por um jeito peculiar de falar, por sermos um sertão, não aquele de miséria que muitos tem em mente, mas um sertão que quer ser sertão, vastidão que molda os homens.


Mas como tudo evolui... o goiano evoluiu. Entendam, eu disse evoluiu, não disse mudou. Ainda se reconhece os goianos em Paris ou Tóquio falando "aí né", "uai", "porrrrta", "vambora" e outros erres e junções de palavras... da mesma forma como se reconhece os gaúchos, nordestinos e cariocas, a diferença e que estes têm mais marketing.


Hoje a distância geografica não é mais problema, os meios de comunicação e transporte são muito eficientes, estamos todos conectados com o mundo, recebendo de forma vertiginosa influencia de outras culturas.


E aí?
E aí que evoluimos pelo contato com o alienígena, de fora para dentro, o processo invreso ao natural. Nossas modificações eram lentas, o goiano gostava do jeito que vivia desde o século XVIII, época que começou o avanço para o interior do Brasil. Os historiadores defendem que nunca vivemos uma fase de decadência, pois nunca vivemos um apogeu.

O goiano era vergonhoso, católico por excelência, originariamente rural, simples, tinha medo do que vinha de fora, e não queria sair daqui. Era uma espécie de mineiro que gostava mais de pequi do que queijo.


Hoje não mais assim, continuamos católicos, perdemos um pouco da vergonha, temos raízes rurais mas somos também urbanos, continuamos a gostar das coisas simples, não temos mais medo do que vem de fora e, se saimos daqui, o sonho é voltar.


Nos vamos a uma trance e ao show do Leonardo, comemos qualquer coisa, mas gostamos de pequi [menos eu], bombar numa boate ou ouvir um modão num buteco... e assim vamos vivendo... nunca esquecendo de quem somos e de onde viemos.

Minha preocupação é saber até quando vai ser assim.

Vê como as coisa mudaram em dezoito anos:







Hoje a graça é tirar uma daquele goiano goiano mesmo.

"Que Deus te ponha virtude"

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